Cada vez mais estabelecimentos trocam a lenha pelo GLP por motivos econômicos e ambientais

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Forno de pizzaria abastecido à Gás LP

A Universidade de Surrey (Inglaterra) liberou recentemente alguns dados do estudo “Novas direções: dos biocombustíveis aos fornos à lenha: Os modernos e antigos desafios da qualidade do ar na megacidade de São Paulo”. Realizado com a participação de pesquisadores brasileiros, a pesquisa trouxe um importante panorama sobre as emissões de poluentes por fontes como pizzarias e churrascarias que utilizam a lenha como energético. Esses comércios são responsáveis pela emissão de níveis preocupantes de carbono (na forma de particulados, fuligens e gás Monóxido de Carbono, além das cinzas e poeiras) na atmosfera da área metropolitana da cidade.

Ainda de acordo com o estudo, são ‘queimados’ mensalmente mais de 7,5 hectares de floresta de eucalipto por pizzarias e churrascarias na capital paulista, o que corresponde a 307 mil toneladas de madeira. Atualmente, São Paulo possui aproximadamente oito mil pizzarias responsáveis pela produção de quase um milhão de pizzas por dia.

Boa parte desse consumo poderia ser substituída pelo uso do gás liquefeito de petróleo (GLP), que é uma fonte de energia limpa, disponível em todo Brasil, com excelente qualidade de queima, alto poder calorífico, com praticamente nenhuma emissão (quando o queimador está bem regulado) de poluentes e, consequentemente, baixíssimo impacto ambiental, além de ser facilmente armazenado, manuseado e transportado.

A preocupação ambiental, a praticidade, a higiene, a redução de tempo, a qualidade do produto final, além da eficiência do forno abastecido pelo gás liquefeito de petróleo (GLP) têm feito com que diversas pizzarias e churrascarias de todo o País deixem a tradição de lado e abandonem a lenha na hora de assar pizzas e carnes.

Veja abaixo as vantagens do GLP para assar pizzas e carnes:

Controle da temperatura – Ao contrário da lenha, o gás apresenta um padrão de temperatura estável e de fácil controle, o que contribui para que a massa e a carne sejam assadas de maneira uniforme. Essa característica também possibilita a padronização do produto. No caso da lenha, é importante destacar que, se estiver úmida, o tempo de ignição será consideravelmente maior.

Armazenamento de lenha – Com o GLP, a pizzaria e a churrascaria não precisam mais reservar grandes espaços para armazenar a madeira, que pode servir de abrigo para visitantes indesejados, como escorpiões, roedores e até cobras. Além disso, o descarregamento de lenha pode demorar em torno de duas horas, enquanto o reabastecimento de gás leva em torno de 20 minutos.

Manutenção – As pizzarias e as churrascarias também podem economizar na manutenção do filtro de fumaça (necessário para reduzir os impactos negativos da queima da lenha ao meio ambiente), bem como na limpeza do forno e das churrasqueiras, uma vez que a lenha exige manutenção constante por conta dos resíduos sólidos que gera.

Velocidade – Em fornos a GLP do tipo esteira, a temperatura constante permite que, no caso das pizzarias, cada pizza seja assada entre um minuto e um minuto e meio, contra o intervalo de três minutos e três minutos e meio exigido pelo forno a lenha. A velocidade superior está ligada às características do forno e ao fato de que, proporcionalmente, o GLP possui poder calorífico superior.

Custo O custo da lenha é crescente, uma vez que, particularmente nos grandes centros, o produto vem de regiões cada vez mais distantes. Além disso, há custos relacionados à mão-de-obra: é preciso ter funcionários para trocar, empilhar e manusear a madeira.

Saúde dos funcionários – A queima do GLP não afeta a saúde dos funcionários da pizzaria e churrascaria, pois não produz material particulado, como ocorre na queima da lenha, que também emite compostos nitrogenados, compostos sulfurados da madeira, e Alfa-BenzoPireno – substância altamente cancerígena.

Poluição do ar Com o GLP, a pizzaria e churrascaria contribuem para melhorar o ar da cidade em que se encontra, pois, quando adequadamente regulado (pressão e vazão) para a aplicação, o forno não emite poluentes locais. Já a lenha afeta significativamente a atmosfera da cidade, inclusive com emissões de sólidos.

Legislação – É preciso ter atenção às legislações municipais, pois, por razões ambientais, diversos municípios começam a adotar leis que obrigam o uso de alternativas à lenha, visando à proteção e bem-estar populacional.

Para saber mais sobre o estudo dos impactos da lenha na qualidade do ar, consulte o material publicado no site FAPESP.

 

Autor: Roberto Jorge de Souza Leão Rodrigues – Diretor de GLP Granel da Liquigás


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