No Brasil, a história da utilização do GLP como combustível está ligada à história do dirigível alemão Graff Zeppelin. Tudo começou na década de 30, quando foram suspensas as viagens de transporte de passageiros que o dirigível fazia da Europa rumo à América do Sul. À época, seis mil cilindros de gás propano, utilizado como combustível, estavam armazenados no Rio de Janeiro e em Recife. Foi então que Ernesto Igel, um austríaco naturalizado brasileiro, comprou todos os cilindros e começou a comercializá-los como gás para cozinha através da chamada Empresa Brasileira de Gás a Domicílio.

Naquele tempo, a maior parte da população utilizava fogões à lenha. Em menor escala, havia fogões a álcool e a querosene.

Inicialmente, o número de consumidores de GLP era insignificante e o gás era importado dos Estados Unidos. Pouco depois, durante a Segunda Guerra Mundial, as importações foram suspensas. Terminado o conflito, surgiu uma segunda distribuidora de GLP no país – e aí o consumo se expandiu. Investimentos em terminais de armazenagem e engarrafamento, e em navios tanques, possibilitaram a importação de GLP a granel. Botijões começaram a ser fabricados no Brasil. Contudo, a importação persistiu por algum tempo para garantir o abastecimento.

Em 1955, dois anos depois de fundada, era a vez da Petrobras começar a produzir GLP. A utilização do gás, tanto para uso doméstico como industrial, cresceu ainda mais. Ao longo da década de 1950, para atender a demanda, surgiram outras distribuidoras. Uma delas, a Mangels, desenvolveu o projeto do botijão de 13 kg, que acabaria se tornando o padrão brasileiro.

Hoje, existem 120 milhões de botijões em circulação em todo o país e, a cada dia, são entregues um milhão e quinhentos mil botijões aos consumidores brasileiros. Os caminhões que transportam os botijões no Brasil percorrem diariamente uma distância equivalente a três voltas pelo planeta.

Para conhecer um pouco mais sobre a história do GLP, você pode efetuar abaixo o download dos capítulos do livro “Os Pioneiros GLP – Meio Século de História”: