Fonte: EPBR

Os preços do petróleo no mercado futuro dispararam nesta sexta (3/1), com a confirmação da morte, pelos EUA, do comandando das forças de inteligência do Irã, Qassem Soleimani. O  atingiu a máxima de US$ 69,48 (+4,8%), maior cotação desde abril do ano passado. O WTI atingiu US$ 64,08 (+4,7%).

No momento do fechamento desta matéria, o Brent estava cotado a US$ 68,08 (+2,76%) e o WTI, a US$ 62,65 (+2,4%).

Na quinta (3/1), um ataque aéreo autorizado por Donald Trump matou o comandante da Quds, força especial da Guarda Revolucionária do Irã, Qassem Soleimani, e o iraquiano Abu Mehdi Al Muhandis, liderança militar pró-Irã.

O Itamaraty não se pronunciou sobre a questão. A preocupação inicial do presidente Bolsonaro é com o impacto nos preços dos combustíveis no Brasil, mas ele afirmou à jornalistas nesta sexta (3) que tentou, mas não conseguiu falar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco.

“Que vai afetar, vai. Agora vamos ver o nosso limite aqui”, disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada.

Ataque coloca tropas em alerta

A morte de Soleimani desencadeou reações por todo o Oriente Médio. Líderes iranianos falam em retaliação após o ataque. Tido como um sucessor natural de Hassan Rouhani na presidência do Irã e próximo da liderança religiosa do país, o aiatolá Ali Khamenei, Soleimani era considerado um herói nacional.

“Se deus quiser, sua obra e seu caminho não vão parar aqui e uma vingança implacável espera os criminosos que encheram as mãos com seu sangue e a de outros mártires”, afirmou Khamenei, nesta sexta (3).

O temor é que forças paramilitares pró-Irã intensifiquem ataques aos aliados americanos na região, notadamente Israel e Arábia Saudita – que em novembro foi alvo de um atendado que danificou importantes plantas de petróleo da Saudi Aramco.

Em diferentes momentos, a tensão geopolítica na região e os conflitos indiretos entre EUA, seus aliados e o Irã impactaram os preços do petróleo em 2019. O Irã tem uma posição estratégica sobre o controle do Estreito de Ormuz, rota vital de escoamento do Golfo Pérsico.

O ataque americano, de acordo com o Secretário de Estado, Mike Pompeo, foi necessário para impedir um atentado iminente a posições dos EUA no Oriente Médio – nesta semana, a embaixada americana no Iraque foi invadida e tanto Soleimani quando Al Muhandis são apontados pelos EUA como peças-chave da rede de apoio iraniana a organizações políticas e militares que autuam no Oriente Médio.

 

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