Fonte: G1

Com a pandemia do novo coronavírus e com medidas de isolamento social, os estabelecimentos que vendem gás de cozinha em Juiz de Fora registraram alta na demanda.

Em pesquisa realizada em três locais pelo G1, foi possível constatar uma corrida dos consumidores para a compra do gás liquefeito de petróleo (GLP) para botijão de 13 kg.

Para saber como está o cenário no município, a reportagem conversou com os revendedores. O Corpo de Bombeiros também orientou sobre o risco de estocar gás de cozinha em residências. Veja abaixo dicas da corporação.

Aumento da demanda

Em entrevista ao G1, o proprietário de um estabelecimento, Wagner Almeida, relatou que atualmente o movimento está normal, mas que houve aumento anteriormente. “O pessoal começou a estocar com medo de acabar”, explicou.

De acordo com Wagner, o preço continua o mesmo. “Não abaixou e não diminuiu. Aqui está na faixa de R$ 70”.

Já no Paineiras Gás, houve uma procura maior no início da pandemia. “No início estavam estocando. Foi aquela correria. A população achou que ia faltar. Agora já se estabilizou e o movimento está normal”, disse André de Oliveira, proprietário do estabelecimento comercial.

Sobre um possível aumento nos preços, Oliveira ressaltou “que não teve alteração e que continua R$ 78”.

Na distribuidora Supergasbras na cidade, a auxiliar de escritório, Ana Cristina Mendes, falou sobre o movimento. No local, o material custa R$ 75 para pagamento em dinheiro e, R$ 78 no cartão.

“Tem gente ligando pra cá perguntando se vai faltar. Por exemplo, tem pessoas que compraram outro recipiente com medo de faltar. Atualmente, as vendas estão razoáveis”.

Perigo de estocar

Segundo a Tenente Vanessa Filippo, da Assessoria de Comunicação do Quarto Batalhão de Bombeiros Militar, os botijões que utilizamos em nossas casas são de 13 kg.

“Caso ocorra o vazamento desse gás são 13 kg de gás que pode ser dissipado. Como o botijão é muito pesado, vai pro chão e pode entrar em ralos ou outra tubulação, qualquer mecanismo que gere centelha pode fazer com que ocorra uma explosão”.

Conforme Filippo, quando ocorre estoque do material em residências, a carga de incêndio aumenta.

“Por isso, tanto o botijão de uso quanto o de reserva têm que ficar instalados no lado de fora da residência, pois caso haja algum vazamento os riscos podem ser minimizados”, explicou.

Como identificar

Para verificar se há vazamentos de gás, a tenente explica: passe uma esponja com água e sabão sobre a conexão válvula/regulador de pressão de gás. Se houver vazamento, aparecerão bolhas. Não tente eliminar vazamentos de maneira improvisada. Nunca utilize fósforo, isqueiro ou vela para verificação.

Para os casos de vazamento de gás sem fogo:

  • Mude para “fechado” a alavanca do regulador de pressão de gás;
  • Afaste as pessoas do local;
  • Desconecte o regulador de pressão de gás da válvula de saída de gás e, caso continue o vazamento, retire o botijão para um local aberto, ventilado e longe de fonte de ignição.
  • Não acione interruptores de eletricidade e não ligue nem desligue nenhum equipamento eletrônico ou outros que possam produzir faísca;
  • Desligue a chave geral de eletricidade somente se ela estiver fora da residência;
  • Não fume, nem acenda fósforos ou isqueiros;
  • Se ocorrer em ambiente fechado, abra portas e janelas;
  • Alerte as pessoas sobre o vazamento;
  • Entre em contato com a assistência técnica do seu fornecedor de gás e, em casos mais graves, com o Corpo de Bombeiros Militar (193).

Para casos de vazamento de gás com fogo:

  • Afaste as pessoas do local;
  • Se possível, feche o registro de gás do regulador de pressão de gás;
  • Chame o Corpo de Bombeiros (193);
  • Desligue a chave geral da eletricidade;
  • Retire do local todos os materiais combustíveis;
  • Não deite o botijão, pois isso pode agravar o incêndio.

Como evitar acidentes?

Conforme Vanessa, as medidas para evitar acidentes começam desde a compra do botijão. “Tem que ter certeza se está comprando de uma companhia comprometida com qualidade e segurança”, disse.

Para a sua segurança, recuse botijões com o lacre sem marca ou com o lacre violado, verifique se o botijão possui etiqueta com instruções para manuseio do produto e não compre GLP em pontos de venda informais ou clandestinos.

Ao G1, a tenente listou outras dicas para a população. Veja abaixo:

  • Não deixe que as crianças tenham acesso ao fogão, nem ao botijão e à instalação;
  • Não coloque panos de prato ou outros objetos que possam pegar fogo próximo ao botijão, na tampa do fogão ou perto dos queimadores;
  • Feche o registro de gás sempre que não estiver usando o fogão;
  • Nunca encha em demasia as panelas. Pode ocorrer derramamento e a chama se apagar, o gás poderá continuar saindo, causando acidentes;
  • Ao sair de casa, nunca deixe panela no fogo ou forno aceso;
  • A certeza da procedência do botijão é sua maior garantia de segurança e qualidade;
  • Verifique sempre a presença das marcas estampadas no botijão;
  • As instalações de gás sofrem desgaste com o tempo. Para sua maior segurança, faça revisões periódicas (na mangueira tem a data de validade, tem sempre que observar, pois há desgaste com o tempo);
  • Procure somente pessoas habilitadas para realizar qualquer conserto ou modificação nas instalações destinadas ao gás de cozinha;
  • Nunca utilize fósforo, isqueiro ou equipamento que produza faísca para verificação de vazamento de gás (pode causar chama ou até mesmo explosão se o vazamento for muito grande).
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