Fonte: Exame

Os preços do petróleo despencavam nesta segunda-feira, com os contratos futuros do WTI –valor de referência nos Estados Unidos— recuando mais de 86%, para o menor nível da história, à medida que investidores se preocupam com a falta de locais de armazenamento e dados da Alemanha e do Japão indicam um cenário sombrio para a economia global.

O petróleo Brent recuava 6,27%, a 26,32 dólares por barril, às 14h53 (horário de Brasília). O petróleo dos EUA caía 95% para 1,10 dólares por barril. “Com o horário de vencimento se aproximando na bolsa de Chicago [CME], o contrato de barril de petróleo para maio cai para menos de 2,50 dólares”, comenta Pablo Spyer, diretor da Mirae Asset. “A bolsa confirmou que pode operar no negativo (como no Canadá hoje de manhã)”, completa.

Os preços têm sido pressionados há semanas com a pandemia de coronavírus destruindo a demanda pela commodity.

A Arábia Saudita e a Rússia até chegaram a um acordo há mais de uma semana para cortar a oferta de petróleo em 9,7 milhões de barris por dia, mas isso não deve fazer com que o excesso de oferta global seja reduzido rapidamente.

Os valores do petróleo Brent colapsaram em cerca de 60% desde o início do ano, enquanto o petróleo dos EUA recuou cerca de 85% no período, para níveis muito abaixo do ponto de equilíbrio (o chamado “break-even”) necessário a muitos produtores de “shale” (petróleo não convencional). Isso levou à interrupção de perfurações e a drásticos cortes de gastos.

Sendo negociados a cerca de 8 dólares por barril, os futuros do WTI atingiam o menor nível da história. Analistas disseram que as liquidações foram intensificadas pela iminente expiração do contrato de primeiro mês.

O spread entre os contratos de primeiro e segundo mês do WTI figurava em torno de 14 dólares, o maior da história, conforme o vencimento junho –o mais ativo– recuava cerca de 9%, a 22,76 dólares o barril.

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