Fonte: Money Times / imagem: Braskem

Documentos vazados nesta quinta-feira (30) revelam a intenção dos Emirados Árabes Unidos em realizar acordos comerciais com mais de 15 nações durante a COP28. Entre eles um dizia que seria solicitada a ajuda do Brasil para adquirir uma participação importante na  Braskem (BRKM5).

No início deste mês, a Abu Dhabi National Oil Company (Adnoc) fez uma oferta de US$ 2,1 bilhões para a compra de parte da maior empresa petroquímica da América Latina.

Segundo o comunicado ao mercado, em 9 de novembro, a proposta dizia que o montante será pago pela estatal de Abu Dhabi 50% em dinheiro, na data do fechamento da transação. O restante será convertido em dólares americanos e pagos mediante um instrumento sênior ao equity da Adnoc.

Para “garantir o alinhamento e o endosso” em relação a oferta, os representantes da empresa queriam solicitar uma ajuda a Marina Silva, ministra do Meio Ambiente do Brasil durante principal evento ambiental do mundo.

Segundo a apuração realizada pela BBC, os documentos dos Emirados Árabes vazados foram preparados para auxiliar Sultan al-Jaber, presidente da Adnoc e a Masdar (empresa estatal de energias renováveis, nessas reuniões.

Emirados Árabes tentaram usar um evento ambiental para negociar combustível fóssil

Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28) iniciou nesta quinta-feira (30) e tem como principal assunto a sustentabilidade, incluindo a diminuição do uso de fontes de energia não renováveis como o petróleo e o gás, principais fontes de renda do anfitrião da vez, os Emirados Árabes.

De acordo com documentos vazados e apurados pela BBC, os árabes tinham planos para discutir acordos relacionados aos combustíveis fósseis com ao menos 15 nações.

Entre os documentos, um falava sobre uma reunião com a China em que a empresa petrolífera dos Emirados Árabes se dizia “disposta a avaliar oportunidades conjuntas de GNL (gás natural liquefeito)” em Moçambique, Canadá e Austrália.

Segundo a apuração, também foram encontrados documentos que indicavam uma reunião com a Colômbia, que dizia que a mesma empresa estaria pronta para apoiar o país sul-americano no desenvolvimento de recursos no setor de combustíveis fósseis.

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