Fonte: Jornal do Comércio / imagem: CJJ

Apesar de não haver falta generalizada de gás liquefeito de petróleo (GLP) no Rio Grande do Sul no momento, as dificuldades logísticas ocasionadas pelas enchentes estão atrapalhando a chegada do produto ao consumidor final. O presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras, Comercializadoras e Revendedoras de Gases em Geral no Estado do Rio Grande do Sul (Singasul), Ronaldo Tonet, destaca que estão sendo buscadas diversas opções de transporte para fazer o gás de cozinha alcançar as pessoas e essa situação deverá acarretar o aumento do preço do produto.

Conforme o dirigente, na semana passada, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o botijão de 13 quilos estava sendo vendido, em média, a cerca de R$ 105,00 no Estado. De acordo com estimativas de Tonet, esse patamar deve ultrapassar os R$ 120,00 nos próximos dias. Ele comenta que há cidades, como Cachoeira do Sul, que estão usando barcos para fazer a entrega dos botijões.

Entre as cidades que estão enfrentando dificuldades, além de Cachoeira do Sul, Tonet cita as do Vale do Taquari, regiões Central e Metropolitana. Em Porto Alegre, na área do 4º Distrito, o presidente do Singasul comenta que há revendas de gás de cozinha com água praticamente no telhado, o que impossibilita a operação desses empreendimentos. “A questão não é se tem ou não tem gás, é impossível os veículos (que transportam o produto) se deslocarem”, comenta o dirigente. Outras regiões do Estado como, por exemplo, a Norte, no entorno de Passo Fundo, a situação está mais controlada e algumas cidades daquela área estão sendo supridas pelo gás de cozinha oriundo da refinaria paranaense de Araucária, aponta Tonet.

Quanto às distribuidoras de GLP, que no Estado estão concentradas no município de Canoas, o integrante do Singasul diz que essas companhias estão enfrentando alguns problemas de operação, porém reitera que a maior dificuldade está na questão logística. Ele ressalta que a Copa Energia, que opera com a marca Liquigás e detém 30% do mercado gaúcho, está entre as empresas impactadas com as águas.

Em nota, a Copa Energia destaca que “tem uma operação robusta no Estado e, apesar do Centro Operativo de Canoas estar interditado, está trabalhando com as operações de Pelotas, Passo Fundo e Santa Maria, além dos centros operativos dos outros estados para atender a demanda. O comitê de crise instaurado acompanha diariamente cada operação e elabora os planos de ação necessários”.

O presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sergio Bandeira de Mello, confirma que as revendas estão sofrendo com os reflexos das enchentes. “Mas, existe estoque representativo de GLP nos pontos de venda”, enfatiza. Ele acrescenta que a elevação do nível d’água também afetou muitos trabalhadores do setor, implicando impactos sociais e operacionais. O representante do Sindigás espera que ocorra o abrandamento das chuvas e que as rodovias voltem a funcionar nos próximos dias, o que facilitará a movimentação de gás de cozinha no Rio Grande do Sul.

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