Fonte: Neofeed

A Petrobras acaba de anunciar que vai vender toda a sua participação na BR Distribuidora e, assim, sair, de vez, do negócio de distribuição de combustíveis. A empresa estatal vai se desfazer de 37,5% das ações da companhia em um follow on que, a preços de hoje, equivaleria R$ 9,5 bilhões.

A petrolífera já vinha se desfazendo das ações da BR Distribuidora nos últimos três anos. Em dezembro de 2017, quando a empresa abriu seu capital na B3, captou R$ 5 bilhões. Em junho de 2019, a Petrobras se desfez de 30% da empresa e arrecadou R$ 9 bilhões, pulverizando o capital da companhia.

No mercado, a conversa é a de que a Petrobras se preparava para vender o restante dos papéis que tem em mãos em abril deste ano. Mas a crise do coronavírus acabou retardando esse movimento. Com o reaquecimento do mercado de capitais, a Petrobras resolveu levar a oferta adiante.

A data do follow on não foi divulgada, mas não deve demorar a acontecer. Neste segundo trimestre, a BR Distribuidora apresentou uma receita líquida de R$ 14,8 bilhões, 38,1% menor do que no mesmo período do ano passado. O lucro líquido foi de R$ 188 milhões, 37% a menos do que o registrado no segundo trimestre de 2019.

Apesar da queda, a companhia ganhou 0,4% de participação de mercado em relação ao primeiro trimestre do ano. Os analistas do Bradesco BBI mantiveram a recomendação de compra da ação ON da companhia, por considerar que seu balanço foi “decente” em meio às circunstâncias adversas e por conta da perspectiva de pagamento de dividendos.

“Gostamos do retorno total da BR com crescimento proveniente de eficiência de custo, balanço patrimonial e perspectiva de payout ou rendimento de dividendos de 6%. Os catalisadores devem continuar com resultados sólidos juntamente com a recuperação das vendas”, disseram os analistas Vicente Falanga e Gustavo Sadka.

Antes do anúncio da Petrobras em se desfazer da totalidade de suas ações, os analistas já apontavam que a provável venda poderia levar o preço das ações a R$ 28,00. Nesta quarta-feira, 26 de agosto, o papel fechou cotado a R$ 21,73.

Hoje sob comando do executivo Rafael Grisolia, a BR Distribuidora tem passado por um grande processo de turnaround. “Os anos de 2019 e de 2020 são anos de execução, quando vamos trabalhar cada vez mais para a entrega dessas dez iniciativas de forma conjunta”, disse Grisollia, em agosto do ano passado.

“A partir de 2021, conseguiremos ver o resultado desse esforço”, afirmou. Sua tarefa, definitivamente, não é fácil. Principalmente porque tem de superar empresas mais bem posicionadas como Raízen e Ipiranga.

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