Fonte: Metrópolis
Caminhoneiros organizam uma paralização geral para o próximo dia 1º de fevereiro. O ato foi aprovado em reunião do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) em dezembro do ano passado.
Outra liderança do setor, o motorista caminhoneiro Alexandre Batista Patricio, ex-candidato a vereador de Paulínia (SP), disse que ainda vai discutir com colegas de profissão se vai aderir à greve.
“Não sei o que vai virar isso daí. Vou chamar os meus parceiros e ver o que fazer. Acho que não é uma hora propícia para isso, mas o governo está procurando. Óleo diesel subiu de novo. Então, está meio complicado”, conta.
Pautas
Os caminhoneiros protestam contra a alta do preço do combustível (em dezembro, o óleo diesel S10 era encontrado, em média, a R$ 3,683 no país, segundo dados da ANP) e o projeto de lei (PL) da BR do Mar.
Nesse sentido, em uma tentativa de reduzir o valor do combustível, os motoristas de caminhão se mostram contrários à Política de Preço de Paridade de Importação (PPI) aplicado pela estatal Petrobras.
Desde março de 2019, após a greve dos caminhoneiros, a Petrobras aplica reajustes nas refinarias no preço do óleo diesel a cada 15 dias (antes, isso era feito diariamente). “Tratamento abusivo”, protestam.
“Não tem como a gente pagar um combustível equiparado ao dólar pois nunca vai fechar a conta. Se colocar 200 litros de diesel dá quase R$ 1 mil. Está muito massacrante, os caminhoneiros já não aguentam mais”, diz Plínio.
Os motoristas pedem também a instituição de um piso mínimo de frete e o Código Identificador da Operação de Transporte (Ciot) “para todos”. O código ajuda a regulamentar e fiscalizar o pagamento do valor do frete.