por Adriano Horta Loureiro

O Brasil tem convivido nos últimos meses com um revés da natureza. O país, que sempre teve água em abundância, passa por uma crise hídrica sem precedentes. Os recordes históricos de altas temperaturas no último verão e a ausência de chuvas foram os responsáveis pela seca dos reservatórios.

Com a sobrecarga das hidrelétricas e a demanda crescente por energia, o país se viu em apuros com as interrupções no fornecimento de energia e com isso, a população agora sofre as consequências de um reajuste voraz das tarifas. A falta de um planejamento energético mais eficiente, com maior diversidade na sua matriz energética, cobra uma conta salgada.

Apesar da garantia de fornecimento com o uso das térmicas, os problemas de abastecimento e os riscos de apagões não estão descartados. As térmicas fornecem uma energia cara, já que sua operação é custosa.

Qual seria a saída para a crise? Os gases combustíveis têm um papel nobre a desempenhar, pois sua segurança de suprimento é elevada e podem substituir a energia elétrica com vantagem econômica e eficiência. No caso do Gás LP, o produto está disponível em 100% do território nacional. Além de abundante, tem baixo custo e é considerado uma energia limpa.

O gás que está nas cozinhas, poderia ser facilmente usado para aquecimento de água e refrigeração de ambientes, substituindo duas pontas de forte consumo de energia elétrica – o aquecimento de água com o chuveiro elétrico e a refrigeração por meio de aparelhos de ar condicionado. Como alternativa, existem os aquecedores a gás, que são mais vantajosos, tanto em relação ao custo da infraestrutura predial para sua instalação, quanto à conta mensal do insumo. No mercado, também há máquinas que aproveitam a queima do gás LP como combustível para climatização de ambientes, na geração de calor e frio, com baixo custo de manutenção.

A solução economicamente ideal e, energeticamente, a mais racional encontra-se na promoção da diversificação energética por meio da utilização crescente dos gases combustíveis, em especial o Gás LP, em função da sua disponibilidade em todo o território nacional.

A eletricidade, principalmente em regiões ricas e densas do país, é nobre demais e requer uma utilização racional, focada em seus usos específicos e insubstituíveis. Caberá aos gases combustíveis, entregar as soluções tecnológicas compatíveis com o elevado padrão de qualidade requerido no fornecimento da energia térmica (frio ou calor), aos edifícios.

Adriano Horta Loureiro é Gerente Técnico do Sindigás

 

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